Mais Médicos: um braço do Foro de São Paulo para financiar a ditadura cubana
- Rogério Mazzetto Franco
- 23 de ago.
- 2 min de leitura
O programa Mais Médicos, apresentado em 2013 pelo governo Dilma Rousseff como uma solução emergencial para suprir a carência de profissionais de saúde no interior do Brasil, sempre teve uma narrativa envolta em “solidariedade” e “cooperação internacional”. Contudo, por trás da propaganda oficial, o que se esconde é uma engrenagem política destinada a fortalecer a ditadura cubana e consolidar o projeto continental do Foro de São Paulo.
O modelo do programa era claro: médicos cubanos eram enviados ao Brasil, mas cerca de 70% a 80% dos salários pagos pelo governo brasileiro eram confiscados por Havana. Ou seja, o Brasil financiava diretamente a máquina repressora do regime castrista, enquanto os profissionais de saúde recebiam apenas uma fração do valor, vivendo aqui em condições de quase semiescravidão. Não à toa, diversos médicos cubanos desertaram, denunciando perseguição, vigilância constante e ausência de direitos básicos.
Mais do que uma simples política de saúde, o Mais Médicos foi um instrumento político. O Foro de São Paulo, fundado por Lula e Fidel Castro em 1990, sempre buscou construir uma rede de sustentação mútua entre regimes de esquerda latino-americanos. O envio de médicos não era apenas uma medida emergencial para suprir o SUS, mas um mecanismo de solidariedade internacional socialista, garantindo recursos para o regime cubano em troca de apoio político ao lulismo e à estratégia continental do Foro.
Enquanto o cidadão brasileiro acreditava estar recebendo uma política pública para melhorar a saúde, o que ocorria era a canalização de bilhões de reais ao governo cubano, sustentando uma ditadura que nega liberdade de expressão, multiplica presos políticos e reprime sua população.
A queda da narrativa de “cooperação humanitária” ficou ainda mais evidente com as revogações de vistos anunciadas pelo governo brasileiro em 2025. Entre os atingidos, estiveram Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, duas figuras centrais na implementação do programa. Além disso, familiares de Alexandre Padilha — então ministro da Saúde e articulador direto do Mais Médicos — também foram atingidos pela decisão. Esse movimento tardio escancara o reconhecimento de que havia irregularidades graves e de que o programa sempre esteve sob suspeita de servir a interesses alheios ao bem-estar do povo brasileiro.
Hoje, ao olhar para trás, é impossível negar: o Mais Médicos foi menos um programa de saúde e mais uma operação de financiamento político e ideológico. O Brasil foi usado como fonte de recursos para sustentar um regime ditatorial estrangeiro e para reforçar a teia de solidariedade esquerdista do Foro de São Paulo.
O discurso de “cuidar dos mais pobres” foi apenas a embalagem retórica. O conteúdo real era a consolidação de um projeto político continental que, se tivesse se aprofundado, teria custado ainda mais caro para a democracia e para a liberdade dos brasileiros.
O Mais Médicos não representou apenas um erro de política pública, mas um exemplo emblemático de como o populismo pode instrumentalizar a saúde para servir a interesses ideológicos e autoritários. O povo brasileiro merecia médicos de verdade, não um teatro político encenado para fortalecer ditaduras.




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