Em Defesa da Liberdade: Um Chamado à Vigilância e à Ação
- Rogério Mazzetto Franco
- 1 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de ago.
Vivemos um dos momentos mais delicados da história contemporânea. Embora não estejamos oficialmente em guerra, há uma batalha silenciosa e profunda sendo travada dentro das nações livres, muitas vezes mais perigosa do que os conflitos armados que vemos ao redor do mundo.
Trata-se de uma guerra cultural, institucional e moral — uma tentativa sistemática de relativizar verdades, destruir valores fundamentais e corromper os alicerces da liberdade ocidental.
Enquanto regimes autoritários de orientação socialista ou comunista expandem sua influência por meio de alianças estratégicas, compra de terras e financiamento externo, uma outra frente mais sutil avança no interior das democracias. Inspiradas na estratégia gramsciana de ocupação das instituições, ideologias de viés autoritário infiltram-se nas universidades, nos meios de comunicação, nas artes e na burocracia estatal. Esse aparelhamento, sustentado por financiamento externo e por redes internas de poder, mina a autoridade dos governos democraticamente eleitos, sabota suas ações e esvazia o verdadeiro sentido da representação popular.
O resultado é visível: presidentes e governadores tornam-se reféns de estruturas institucionais ideologizadas, onde decisões legítimas são travadas ou desvirtuadas por funcionários, técnicos e agentes públicos comprometidos mais com causas políticas do que com o bem comum. Como alertava Alexis de Tocqueville, a democracia corre perigo quando a burocracia se torna independente da vontade popular e transforma-se em um novo tipo de tirania.
Essa erosão interna é agravada por meios de comunicação, artistas, intelectuais e jornalistas que relativizam os fatos e moldam narrativas segundo suas ideologias. A verdade torna-se fluida, a moral é desconstruída e a liberdade passa a ser tratada como obstáculo — e não como base — para a justiça e o progresso. Como bem lembrava George Orwell, em tempos de mentira universal, dizer a verdade se torna um ato revolucionário.
Sem vigilância e resistência ativa, os países livres correm o risco de serem desmantelados por dentro, enfraquecendo-se institucional e culturalmente até tornarem-se vulneráveis a ameaças externas. A história nos mostra que nações não são conquistadas de um dia para o outro, mas sim corroídas lentamente pela indiferença, pela desinformação e pela relativização dos valores que sustentam sua civilização.
É urgente que os cidadãos conscientes, guiados por princípios de liberdade, responsabilidade, justiça e verdade, organizem-se em torno de um novo esforço civilizacional. Isso inclui:
Reafirmar os valores inegociáveis da liberdade individual, da vida, da propriedade e da dignidade humana;
Fiscalizar e reformar instituições públicas aparelhadas, com foco na meritocracia e na neutralidade política;
Investir em educação moral e cívica, para formar uma geração que valorize a liberdade e compreenda os riscos do autoritarismo disfarçado;
Promover debates honestos, embasados na razão e nos fatos, em contraposição às narrativas ideológicas;
Propor e apoiar projetos de lei e reformas estruturais que impeçam a consolidação do poder arbitrário por dentro do Estado.
Como dizia Edmund Burke, “Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada.” Não podemos mais permitir que os sabotadores da liberdade avancem sob o disfarce de progresso, justiça social ou inclusão. Precisamos reagir com lucidez, firmeza e integridade.
A reconstrução moral, institucional e cultural dos países livres começa com o despertar da consciência. A hora de agir é agora.




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