As três guerras do nosso tempo: política, cultural e espiritual
- Rogério Mazzetto Franco
- 16 de set.
- 2 min de leitura
Vivemos um tempo marcado por uma guerra em múltiplas frentes — política, cultural e espiritual — que se entrelaçam em um mesmo campo de batalha, o destino de nossas sociedades. Na esfera política, assistimos a perseguições, cancelamentos e tentativas de silenciar vozes que ousam apresentar o contraditório.
Líderes como Álvaro Uribe, na Colômbia, e Jair Bolsonaro, no Brasil, tornaram-se símbolos dessa luta, não apenas por sua trajetória, mas pelo modo como foram atacados por desafiar a hegemonia de um pensamento único. A política, hoje, não é apenas disputa de poder institucional, mas o terreno em que se decide quem pode ou não existir no debate público.
No plano cultural, a disputa se mostra ainda mais intensa. O avanço da agenda woke, que se traveste de virtude e justiça, mas que na prática corrói valores civilizatórios, ganhou força nas artes, na mídia e na academia. É um movimento que, ao mesmo tempo em que prega diversidade, trabalha incansavelmente para sufocar qualquer visão divergente. E é nesse contexto que observamos como artistas e intelectuais se beneficiam de privilégios concedidos pelo Estado, muitas vezes à revelia da legalidade ou do mérito.
Exemplos recentes escancaram isso: o músico Peninha, beneficiado com verbas públicas sem licitação, e a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, que reside confortavelmente nos Estados Unidos, lecionando em universidade americana, mas se utiliza de sua posição para atacar conservadores. Ela chegou a comparar opositores ideológicos a um “câncer” que, segundo suas próprias palavras, deveria ser silenciado — metáfora cruel e simbólica do modo como parte da classe intelectual vê aqueles que ousam pensar diferente.
Mas talvez a mais grave das batalhas seja a espiritual. O ataque às crenças, aos símbolos e aos valores que sustentam a fé cristã não é casual, mas parte de uma engrenagem que busca demolir os alicerces morais da sociedade. A morte de Charlie Kirk, celebrada por alguns setores que se dizem defensores da democracia, revela de forma brutal o quanto o ódio ao cristianismo e aos seus representantes não conhece limites. Trata-se de um atentado não apenas a um indivíduo, mas ao que ele simbolizava: a defesa intransigente da vida, da família e da fé.
Essas três dimensões — política, cultural e espiritual — não são isoladas, mas convergem em uma mesma lógica: destruir aquilo que resiste, aquilo que não se curva. É nesse ponto que o alerta de Yuri Bezmenov, ex-agente da KGB que desertou para o Ocidente, soa como uma advertência atualíssima.
Ele chamava de “idiotas úteis” aqueles que, seduzidos por promessas revolucionárias, tornam-se instrumentos inconscientes da própria destruição. Esses indivíduos, identificados hoje nos setores mais radicais da esquerda, acreditam estar construindo um mundo mais justo, mas, nas palavras de Bezmenov, no dia em que não forem mais necessários, serão os primeiros a serem descartados pelos engenheiros do poder que ajudaram a erguer.
Vivemos em meio a uma guerra silenciosa, mas devastadora, em que forças políticas, culturais e espirituais buscam corroer o tecido da civilização. Cabe aos que compreendem esse cenário manter-se firmes, pois a verdade, mesmo sufocada, não deixa de existir. O que está em jogo é mais do que governos ou ideologias: é a própria alma do Ocidente.









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